Ainda não são 16:30???
Quero ir embora, quero ir para casa, apanhar este solinho que sabe tão bem...
Andar e pensar.
Ás vezes gostava de não pensar.
Pensar normalmente não me leva a lado nenhum.
Normalmente tomo as decisões num rompante.
Quando dou por mim, já está!!
Claro que preciso de tomates.
Agora se me ponho a pensar não chego a lado nenhum.
Há um motivo para sim, há um motivo para não.
Há a preguiça e a vontade de um final feliz, como nos filmes.
Há esta ânsia de querer perceber tudo.
Esta vontade de mandar nas vontades dos outros.
E afinal, os outros são como eu.
Têm direitos.
Que merda!!
Bom dia!!
Está muito frio!!!
Vocês têm daquelas colegas que quando começam a falar nunca mais se calam??
Eu tenho :(
"-E blablabla... percebes??"
"-umm, umm, sim..."
Que é que ela estava a dizer mesmo?!
Do pai, do marido, do filho, do irmão, da prima, e da casa, e do frio...
Balha-me Deus!!!
Parecia que ia voltar, parecia, mas vou indo e vindo.
Éh pá, já nem me lembrava de como chegar aqui.
Andei por aqui às voltas e pronto cá estou!
São 9:30 e sozinha no office lembrei-me de voltar, para dizer mais uns disparates.
A LadyBug continua a mesma, sem ser a mesma, que isto da vida dá muitas voltas...
O vicio de escrever ainda continua, apesar do talento ser pouco.
Teimosias...
Beijinho da LadyBug,
I'm back, I'm back!
Deixo cair o meu copo no tapete, está pegajoso da bebida que já há muito consumi.
Não me preocupa que me suje os sapatos, ainda há pouco tão brilhantes.
A porta abre-se e sinto o ar frio da noite, tantas caras, cheias de esperança, tantos sorrisos partilhados…
Procuro o meu carro, mas já não sei se conheço o caminho, nem sei se quero ir.
Prefiro ir a pé, mesmo que fique longe, não me importa.
O vento espalha-me o cabelo pela cara, deixo de ver o caminho, e os carros que passam por mim parecem borrões de luz.
Uma das alças do vestido descai do meu ombro, esta noite não sinto o frio, será que existe?
Com as costas da mão tiro o pouco batom que me resta nos lábios, sinto-os molhados e lembro-me de tantos beijos que já dei, tantos suspiros, tantas gargalhadas que soltei e promessas que fiz.
Quero ir para longe, não importa do destino.
Amanhece, já não sei quantos quilómetros andei, quantos comentários ouvi pelo caminho, mas hoje sinto-me a personagem principal, sei que nada me atinge.
Porque é que tudo tem que ter uma explicação?
Sei que cheguei porque o sol está a nascer, agora já não posso fugir, esconder-me como se fosse apenas mais uma criatura da noite.
Odeia-me por ser assim!
Que posso fazer? Eu sou assim, e gosto…
A Prima Vera tinha uns olhos verdes muito brilhantes, e quando as primas a chamavam com o característico sotaque do Norte, ela ia a correr com os seus caracóis pretos aos saltos.
- Óh Prima Bera! Anda cá à nossa beira!...
Ela adorava irritar a prima mais nova.
- Clara, diz lá o abecedário…
E a miúda com os seus 7 anos respondia da forma mais séria possível.
- A, V, C, D…
E a Prima Vera nem a deixava acabar, ria à gargalhada, mesmo com o olhar furioso lançado pela sua mãe.
- Olha lá, como é que tu dizes bola?
- Vola… És mesmo má! Óh mãe, a prima Bera está a gozar comigo…
Eram assim passados os verões no Norte, com as volas, as chiclas, os banhos no rio, a aletria da avó a arrefecer na adega, o pudim de café da tia Rosa, os beijos às escondidas na “loja” com o primo César…
Viva a Primavera, carago!
No silêncio das tuas palavras mergulho na escuridão e digo o teu nome baixinho.
Existe uma verdade no teu olhar, aquela que me faz lembrar que no fundo não sou mais do que uma mulher.
Cruzamo-nos nas ruas desertas e não nos encontramos, como se fossemos transparentes. Mas eu quero que a tua luz me ilumine para que me encontre…
Estive tanto tempo perdida de mim, que me esqueci…
Quero finalmente respirar, sair da prisão que são os meus medos e viver como se fosse a primeira vez.
Hoje abres as asas e sentes o ar frio da manhã, o céu está cinzento e húmido.
Tens coragem para saltar?
O som que ouves é de um riacho que tropeça nos trilhos milenares,
É verdade que mesmo de olhos fechados consegues ver tudo o que se esconde?
O teu ninho é feito de papel em tons de púrpura,
E os pingos de sangue que dele escorrem caem perdidos no meu peito.
Deixas os teus filhos sozinhos a chorar por ti,
Percorres mais uma vez o céu a vasculhar só mais uma refeição.
Recebo-te de olhos fechados e nem sinto as penas que deixas cair nas minhas mãos.
Curiosamente prefiro servir-te mais uma vez e ainda perguntar se queres que te ajude a abrir a janela para que chegues mais depressa a casa.
Sim, admito este post é única e exclusivamente dedicado ao Shakermaker porque teve o BOM gosto de me atribuir um Blogjob!!!
Pois bem caro Shaker, devo dizer que os seus textos fazem sempre sentir-me diminuída, digamos que quase perco a vontade de escrever aqui qualquer coisa, porque sinto-me ridícula. Com inveja de não ter o seu talento… é verdade!!! (ui…inveja é uma coisa tão feia!!!)
O meu Grand Prix vai para o seguinte texto:
NÓS-FORA-NADA
http://honkytonkwomen.blogs.sapo.pt/36703.html
Pode até não ser o melhor, o mais bem escrito, mas é o que nunca vou esquecer.
Fiquei com vontade de ser uma incógnita, ter uns seios esferóides, ser a soma de um certo cateto, a sua hipotenusa…
Um beijo,
Espero que continue a ser muito mauzinho, e que para a próxima vez que me der um blogjob espero que digam que é porque sou uma fã incondicional….
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01 de Janeiro de 2007
Fujo da chuva de champanhe
Ano novo, vida nova?!
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01 de Janeiro de 2006
Mergulho na piscina gelada
Ano novo, vida nova?!
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01 de Janeiro de 2005
Fecho os olhos e desejo-te Feliz Ano Novo
Ano novo, vida nova?!
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01 de Janeiro de 2004
Beijo na boca toda a gente
Ano novo, vida nova?!
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01 de Janeiro de 2003
Muito baixinho para não acordares
Ano novo, vida nova?!
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01 de Janeiro de 2002
Ainda ninguém sabe, mas eu sei…
Ano novo, vida nova?!
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01 de Janeiro de 2001
As luzes da Figueira…
Ano novo, vida nova?!
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01 de Janeiro de 2000
Praia da Oura, pijama vestido…
Ano novo, vida nova?!
Vestir a cuequinha azul, comer as 12 passas, beber o champanhe, ver o fogo de artifício e desejar um bom ano. Todos os anos sonhos novos, novas vontades…
Depois chega dia 2 de Janeiro e afinal está tudo na mesma, o mesmo frio, o mesmo trânsito, o mesmo stress no trabalho. A árvore de Natal que vai ficar montada possivelmente até Março…
A gaveta que vai ficando cheia de cuequinhas azuis que nunca mais foram vestidas, e estou a poucos meses de fazer anos outra vez, o que começa a ser uma chatice…
Podem ao menos mudar a passagem de ano para o Verão?! Muito mais fácil para vestir o vestido, calçar as sandálias e festejar, mulher sofre!!!